30 setembro 2016

Diabo no Porto: reportagem

JornalismoPortoNet
«O Coliseu do Porto recebeu, esta quinta-feira, o Fest FWD. Com a sala quase lotada, o evento reuniu artistas como Jimmy P e os Diabo na Cruz, cujo concerto foi o ponto alto da noite. (...) 
Um certo alvoroço faz-se sentir com o fim da atuação de Jimmy P. Os que estavam sentados começam aos poucos a levantar-se e a aproximar-se do palco, como se algo extraordinário estivesse prestes a acontecer. Aconteceu Diabo na Cruz. Com o rock tradicional que os distingue, demonstraram ser uma das principais razões pelas quais os bilhetes para este evento esgotaram. 
Este rock’n’roll misturado com instrumentos tradicionais demonstra que é possível unir dois géneros musicais completamente diferentes. A aparição de Jorge Cruz, o vocalista irreverente da banda, exaltou o espírito patriótico ao ponto de se ver alguém entre o público erguer um xaile tipicamente português. 
A escolha do alinhamento roçou a perfeição, com a banda a tocar as músicas mais conhecidas (e preferidas) do público. “Os Loucos Estão Certos”, “Dona Ligeirinha”e “Luzia” juntaram-se aos mais recentes “Vida de Estrada” e “Moça Esquiva”. 
Vários grupos de amigos entram numa espécie de frenesim com o ritmo invulgar e poderoso da bateria de João Pinheiro misturada com o som especial da viola braguesa (na qual Sérgio Pires arrasou). Cantam sem pudor e a plenos pulmões, incentivados pela energia transmitida por Jorge Cruz, que ora pára no meio do palco para mostrar os seus dotes de dançarino, ora interage com os restantes membros da banda, numa corrida frenética. 
De um momento para o outro, o Coliseu do Porto presencia no seu interior um comboio gigante, no qual todos participam sem exceção. O ambiente formal deste recinto contrasta com o espírito popular vivido pela plateia 
O concerto não podia terminar de forma mais intensa, com o vocalista a subir para cima da bateria, unindo o som rebelde da sua guitarra com a batida potente de João Pinheiro. Levanta os braços e os Diabo na Cruz recebem os aplausos mais fortes e barulhentos da noite. 
Está feita a despedida da estrada, e posto final a um ciclo de três anos, como antes do concerto Jorge Cruz confessou ao JPN.»

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