Os álbuns mais recentes de Ana Moura (onde está Dia de Folga) e Raquel Tavares (que contém Meu Amor de Longe) continuam aparafusados na tabela dos 10 discos mais vendidos em Portugal:
Sérgio Pires é o homem do Norte em Diabo na Cruz, o homem que elevou a braguesa a um novo campeonato. E que se distribui por muitos outros instrumentos, desde a guitarra eléctrica às percussões e voz – noutros tempos e bandas foi também baixista e baterista. Hoje é o dia dele e das suas 36 primaveras.
Ao longo de 2016, o baterista Ricardo Martins está a gravar uma canção por mês com o seu cúmplice Bernardo Barata. Além de se ocupar do baixo em Diabo na Cruz, Bernardo Barata é co-dono do Estúdio iá, que abriu em 2013 com Fred Ferreira (Orelha Negra) e por onde têm passado nomes tão diversos como Dom La Nena, Erica Buettner, Miguel Araújo, Diogo Piçarra, Sam The Kid e Diabo na Cruz.
«A ideia de desenvolver um projecto musical centrado na escrita de canções e cuja designação seria de “Old Jerusalem” terá surgido entre 1999 e 2000. (...) Foi encorajador na altura cruzar-me com o trabalho de alguns artistas que não viam constrangimentos no carácter artesanal e pouco polido da estética “low fi”, principalmente alguns nacionais como os Leeand Me, o Pequeno Aquiles (do Jorge Cruz), os Toast, os Clockwork, os Orange.»O Pequeno Aquiles foi a primeira vez que o mundo ouviu Jorge Cruz a solo. Em 1999, editou um disco com 10 canções acústicas gravadas na Praia da Barra num Fostex de quatro pistas. Algumas dessas canções foram posteriormente regravadas para o álbum Barra 90 (2011), o último a solo de Jorge Cruz.
Dia de Folga, a canção de Ana Moura com letra e música de Jorge Cruz, conquistou hoje um Globo de Ouro na categoria de Melhor Música. Ana Moura subiu ao palco para receber o prémio e agradeceu a Jorge Cruz por "esta excelente música".
«Eu tenho que falar do Jorge Cruz porque o "Meu Amor de Longe" foi o primeiro tema inédito que recebi e foi o tema que deu o mote ao que seria a cor deste disco. Eu tenho tudo a agradecer ao Jorge Cruz. O Jorge Cruz foi O autor. O "Meu Amor de Longe" é a minha cara, não podia ser mais. É lisboeta, é um amor feliz, é o passear por Lisboa, é a esperança, é a alegria de cantar, de viver, de ser jovem e poder usufruir disso.»
«Quando ouvi o "Meu Amor de Longe", eu pensei assim: é isto que eu quero, é este o fio condutor. Foi o tema que criou as ramificações para tudo o resto. Portanto eu sou grata eternamente ao Jorge Cruz por ter aparecido na minha vida e por me ter oferecido este "Meu Amor de Longe", que é um tema que eu não consigo falar sobre ele de tanto que gosto. É como se fosse a madre superiora deste álbum! É a matriz, foi a mola para todo o resto, é a massa base deste disco.»
